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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A queda de Bizanthys, o balrog de Karad-hús

Amigos, essa foi uma das sessões que mais gostei. Sou fã da mitologia de Tolkien e sempre quis jogar com um Balrog (ou Balor na versão D&D). Nessa sessão tive a oportunidade de homenagear a épica cena de luta entre Gandalf e o Balrog, enquanto caiam no abismo de Moria ou Khazad-dûm, como a chamava os próprios anões que a construíram.

Lord of the Rings - The Battle of the Maiar (with lyric)
A última parte da música, em élfico Quenya, diz algo como:
Mettanna! / Até o fim!
Náredur / Servo do fogo,
An mauya mahtie / Pois você deve lutar!
Mettanna! / Até o fim!

Na sessão passada, os personagens haviam se jogado numa espécie de portal-abismo que levariam eles para Thanatos, o reino de Orcus no Abismo. Missão: destruir Orcus com Valyassa, a Espada Negra. No entanto, Bizanthys, o balrog guardião desse portal, os perseguiu durante a infindável queda pelo precipício rumo ao abismo, e uma luta daquelas teve início durante a queda.

Depois de um minuto caindo e aguentando as terríveis espadadas flamejantes da criatura, eles alcançaram um turbilhão de energia que, finalmente, os levou para o Plano dos Mil Portais (não deveria ser Thanatos?), caindo numa lagoa de água quente, durante uma violenta tempestade de areia e rochas que caiam dos céus(!?). Eles nadaram para a margem da lagoa a tempo de ver o balrog chegar pelo portal e mergulhar nas águas. Sem perder tempo, eles começaram a escalar as elevações rochosas (20m) que cercavam a lagoa, tentando sair dali o mais rápido possível.

Quando estavam no meio da escalada, eles olharam para trás a tempo de ver o Balrog erguer-se nas margens da lagoa, envolto em vapores d´água. Quando ele preparou seu chicote para puxar um dos personagens que tentavam escapar, uma grande rocha caiu dos céus sobre a criatura, deixando-o temporariamente atordoado. Antes continuar, Hudini ainda deu um murro na criatura desacordada com a Mão Gélida de Bigby...

Prosseguindo a fuga, eles terminaram de escalar as rochas elevadas e viram que um gigantesco ciclone estava provocando aquela tempestade violenta de areia e aproximando-se do grupo. O único local para se proteger era uma fortaleza negra que estava a 2km deles sobre uma elevação rochosa de 300m que se erguia solitária num deserto vermelho sob uma luz crepuscular. Eles correram até lá para fugir do ciclone e do Balrog, enfrentando as altas temperatudas do local e a ventania cortante da tempestade.

Chegando lá, Ashnazár lhes disse que se tratava da Cidadela de Ug´ggot, construída pelas forças dos deuses da ordem durante a antiquíssima Guerra Sangrenta. De fato, eles não estavam em Thanatos, mas nessa cidadela deveria existir algum portal ou alguma passagem que levaria até o reino de Orcus.

Eles entraram na torre central da cidadela a ponto de ver, pouco antes de fecharem os portões de entrada, o balrog, já bem acordado, pousar sobre a grande muralha que cerca a torre de ferro e observar o grupo. O balrog forçava a entrada com golpes poderosos. Enquanto isso eles exploraram o salão de entrada e, depois de muita discussão, no lugar de seguir por uma passagem à esquerda, decidiram subir as escadarias em busca de outra saída ou de algum portal. Enquanto subiam os 300m da torre, o portão de entrada já estava sendo derretido pelo calor do Balrog.

Lá em cima: decepção. Não havia nada de especial nem outra saída! Lá embaixo, o Balrog já tinha conseguido derrubar os portões e já subia as escadarias em busca da Espada Negra e, principalmente, da destruição dos personagens...

Encurralados - depois de ponderarem sobre planos mirabolantes e arriscados de fuga - decidiram enfrentar o monstro de uma vez por todas! E o embate ocorreu nas escadarias da Torre de Ferro de Ug´ggot. Foi épico. A luta envolvia, além do Balrog, os Pjs Agnul (Helder), golias bárbaro; Aurion (Julio), eladrin lâmina arcana; Caelzail (Sandro), elfo ranger; Hudini (Rummenigge),  humano mago; Pon (Aquiles), meio-elfo clérigo; e os PdMs Lanaya (tiefling warlock), Éria (humana paladina), Ashnazár (humano mago), Mikal (humano senhor da guerra) e Dalissa (humana invocadora). Eram dez personagens de níveis 15 a 16 contra o Balrog de 26º nível. Apesar de o demônio ser uma ameaça terrível, até mesmo para Aurion, o tank do grupo, que perdia pontos de vida mais rápido do que o curavam, os deuses e a sorte estavam sorrindo para eles.

Os jogadores tiveram uma onda de sorte que foi decisiva. Por exemplo: Sandro, jogando com Caelzail, tirou dois 20 naturais ao mesmo tempo com Golpes Gêmeos Espigos da Mantícora! Isso fora o fato de ser necessário, para todos os jogadores, tirar números naturais elevados no d20 para acertar as defesas "ignorantes" do Balrog. E eles tiraram! Ao fim, uma flechada de Caelzail - outro 20 natural! - o destruiu. O monstro morreu numa explosão terrível que mataria qualquer personagens mais fraco, causando 50 pontos de dano em todos.

Mikal foi o primeiro a recuperar-se da explosão e a comemorar a vitória contra terrível criatura - a mesma que havia causado a ruína do império anão de Karad-hús. A destruição de Bizanhys, finalmente, trouxe alívio a uma culpa que Ashnazár vinha carregando há décadas por ele ter despertado, ainda jovem e, acidentalmente, tal criatura.

Comentário
Achei muito interessante e prática, a forma que eu e Julio (Aurion) pensamos para representar a presença dos PdMs de um jeito que isso não deixasse o jogo lento. Normalmente, eu ou os jogadores teriamos que perder tempo escolhendo todas as ações de cada um dos PdMs, coisa de levaria o jogo a se tornar demorado e entediante. Então, tentei resumir os ataques dos PdMs num só ataque:

Ataque dos PdMs (Padrão; Sem Limite)
+20 vs CA; 3d6+6 de dano. Adicione 1d6 no dano para cada número de PdM acima de três.

Para fazer isso, usei como base a tabela de dano para ocasiões não abarcadas pelas regras, usando o dano elevado para personagens de 15º nível. Mas não só isso. Como Julio havia proposto, cada PdM foi representado por meio de um de seus poderes por encontro e/ou diário, sendo um recurso a mais a disposição dos jogadores. Essa simplificação se mostrou adequada em situações de combate pois, enquanto os PdMs ajudavam de alguma forma, ainda assim não faziam o trabalho todo para os Pjs. Isso é bom porque livra o mestre da responsabilidade de sempre escolher os ataques dos PdMs, deixando que os jogadores usem a estratégia que quiserem para vencer os obstáculos e os combates.

Todos evoluíram para o 16º nível.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Portal para o Abismo

Sessão tensa! Vamos lá.

A comitiva dos heróis descia nas profundezas das ruínas do antigo império anão de Karád-Hus em busca do Portal para o Abismo. O objetivo maior é enfrentar e destruir Orcus com a ajuda da Espada Negra, também conhecida como Valyassa, única arma capaz de destruí-lo.

Mas é claro que isso não ia ser tão fácil. No caminho de descida pelo abismo eles enfrentaram duas grandes entidades demoníacas de fogo, as quais foram facilmente derrotadas, principalmente por uma porrada de Agnul que arremessou a caveira de uma delas no abismo e pelas magias congelantes de Hudini.


Depois, já lá embaixo, próximo do fundo de magma eles encontraram as runas que ativam o portal para o Abismo. Enquanto ativavam o portal, surgiu seu guardião, o Balrog. Os personagens, surpreendentemente, conseguiram causar dano na terrível criatura, mas Ashnazár não confiou muito nisso e meteu o cajado no chão dizendo : "You shall not pass!", aprisionando-o numa redoma de energia para que pudessem ativar o portal com segurança.

Mas as coisas pioraram pois Lara chegou montada no dracolich Shankár com o objetivo de pegar a Espada Negra antes de ela ser levada pelos personagens para o Abismo. Agora a luta era com Lara, que se atracou em Lanaya para tomar-lhe Valyassa.

Um combate feio se seguiu enquanto o Balrog tentava se libertar da redoma de energia de Ashnazár e Hudini prosseguia ativando o portal. Numa hora, Aurion tomou a Coroa de Shankár (filactério) que Lara estava usando e, de calcanhar, chutou o item no magma lá embaixo (50m), libertando Shankár do domínio de Lara, mas também destruindo sua imortalidade. Livre do domínio de Lara, Shankár olhou a situação e decidiu também se apoderar da Espada e tentou levar Lanaya, a portadora, com ele, mas sem sucesso.

Enfim, Hudini terminou de ativar o portal, fazendo com que toda a montanha tremesse e um túnel descendente se abrisse no lago de magma lá embaixo, indicando a passagem pra o Abismo. Todos pularam enquanto Lara os amaldiçoava.

Enquanto caiam por aquele precipício de magma e rocha, Agnul viu o Balrog também caindo, no encalço deles. O monstro havia se libertado da magia de Ashnazár... Fim da sessão.

Todos ganharam, cada um, 2.000 XP, mais 500 XP por terem conseguido ferir o Balrog =P. São 2.500 XP.

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