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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Encontrando Zara

Nossa sessão continuou a partir de um combate contra guardas drows onde Lanaya (Gianna), Aurion (Julio) e Hudini (Rummenigge), desssa vez sem a ajuda Caelzail e Pon, se viraram pra derrotá-los no salão da fonte de água do templo, por onde tinham chegado por um duto.

Eles conseguiram derrubar os arqueiros e o drow com lâminas que os estavam ameaçando. O problema foi depois, quando eles ouviram trombetas de alarme seguidas por vozes e passos apressados aproximando-se por uma das passagens. Imediatamente, eles correram pelo caminho que os levaria até Zara, mas havia uma porta dupla fechada à chave em seu caminho.

Antes de tentarem chutar a porta na "indigorância", Lanaya decidiu tentar resolver as coisas com mais delicadeza e, olhando pela fechadura, verificou que a chave estava do outro lado da porta. Então, ela usou Travessia Etérea para desaparecer e aparecer do outro lado da porta, onde abriu-a facilmente para a passagem de seus colegas apreensivos, pois vários guardas (uns oito drows acompanhado por um drider), estavam prestes a alcançá-los. Então, ela fechou e trancou a porta no último instante, fazendo com que os guardas se chocassem contra a porta. Para reforçá-la, Hudini usou uma magia para cobri-la de uma camada gelo. Agora num corredor curto, eles seguiram por poucos metros até um átrio, confiando no bloqueio da porta congelante para impedir o confronto com mais guardas.

Comentário
Mesmo sem planejamento prévio, a estratégia dos jogadores foi interessante, pois se tivessem arrombado a porta, eles poderiam ter falhado no teste de derrubar portas e teriam que lutar contra os tais guardas. Segundo, mesmo se a porta tivesse sido arrombada a tempo, não teria como Lanaya ter trancado ela na cara dos guardas, pois a fechadura estaria destruída. Com a fechadura destruída, a única coisa que impediria os guardas de passar seria a magia de gelo de Hudini, algo que teria exigido muito mais dele do que o uso de Raios Gélidos. Com certeza eu pediria o gasto de uma magia de gelo bem mais poderosa e/ou a perda de pulsos de cura e/ou vários pontos de vida de esforço para poder construir uma muralha de gelo descente que impedisse a passagem dos guardas.

A escultura do átrio
Depois que congelaram a porta, impedindo os guardas, eles chegaram num pátio sem teto (átrio) onde haviam várias portas laterais, um portão grande do outro lado e uma escultura central de uns 3m de altura. Além dos gritos e do barulho dos guardas lá atrás tentando arrombar a porta congelada, eles ouviram uma voz feminina cantando vinda do outro lado do portão adiante.

Temendo que os guardas conseguissem arrombar a porta congelada, decidiram entrar numa das portas laterais, escondendo-se, e, com uma magia de Som Fantasma, despistariam os guardas fazendo-os pensar que eles teriam fugido por outra porta, localizada no outro lado do pátio. No entanto, assim que eles abriram a porta para se esconder, perceberam que era um quarto. Ou seja, provavelmente todas aquelas portas davam para quartos e os guardas não sairiam daquele átrio sem vasculhar todos eles! Antes tivesse uma passagem para eles perseguirem um som ilusório! Enquanto decidiam o que fazer diante dessa situação, eles ouviram os guardas investindo novamente contra aquela porta que, por sorte (número baixo no d20), ainda resistiu.

Eles ganharam mais tempo e decidiram dar mais atenção à escultura central do átrio que consistia na estátua de uma mulher drow ajoelhada recebendo alguma coisa das mãos de uma mulher bem maior que ela, usando uma coroa que simboliza divindade para os elfos. O presente parecia ser duas pedras preciosas. Havia inscrições na base da escultura: "Esses são os olhos com os quais meus poderes se manifestam no mundo. Enquanto elas estiverem numa imagem digna de meu esplendor, meus poderes serão partilhados pelas minhas sacerdotisas." Nessa hora, Hudini percebeu que era uma escultura que representava o momento em que os drows aceitaram Lolth para adorar e que o símbolo desse pacto eram as jóis que representam os olhos de Lolth no mundo, pedras ditas indestrutíveis e que teriam sido feitas pela própria Lolth, pedras que canalizam o poder da deusa no mundo.

O Salão do Templo
Sem demorar-se mais, eles já estavam no grande portão, o qual estava destrancado, de onde vinha aquela melodia. Lanaya abriu lentamente o portão e eu li o seguinte para os jogadores:
Vocês observam uma catedral imensa e escura com detalhes artísticos e arquitetônicos inigualáveis nos seus oito espessos pilares e nos desenhos e padrões circulares e espiralados na cerâmica brilhante do piso. No centro do local, um fosso largo emana uma fumaça negra e densa que sobe lentamente até uma abóboda escura no teto. Mais adiante sobre as escadarias que levam ao altar, um pedestal circular sustenta uma estátua enorme de um material negro e brilhante, feita com arte extremamente refinada e de bom gosto; ela retrata uma mulher drow seminua de extrema beleza. É possível ver milhares de formas de vida pequenas rastejando pelos contornos femininos da estátua.
Havia também uma drow de aparência mais velha em vestas sacerdotais, cantando ao som das harpas de três elfas negras mais jovens, próximas da estátua feminina. Se Pon estivesse aqui, teria percebido que aquela melodia era cantada apenas pela sacerdotiza suprema de Lolth. Os personagens tentaram entrar furtivamente, mas Hudini fez barulho quando tentou fechar o portão. A melodia parou e a mulher disse: "São vocês!? Sejam bem vindos. Eu já os estava esperando..."

Fim de sessão

Estão com 38.000 XP. Faltam 1.000XP para o 13º nível.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sessão de jogo: Aboleths e Drows


Particularmente, gostei muito da última sessão, que foi ontem à noite. Estou tentando jogar de um jeito que a resolução de um combate ocorra também sem a tradicional redução de pontos de vida entre os oponentes. Agora há outras formas de se resolver um combate, mas não excluindo a forma tradicional, que ainda funciona muito bem, mas não em casos nos quais se luta contra dois Aboleths, poderosos seres aquáticos inteligentes e com poderes mentais que podem controlar seus adversários. O fato é que eu preparei esse encontro com os Aboleths já sabendo que eles eram muito poderosos para os personagens dos jogadores, mas não invencíveis. Além do mais, a opção de fuga estava claramente disponível (havia um duto de água por onde poderiam prosseguir, caso decidissem deixar um ou outro aliado pra trás, com os peixes monstruosos...).

Foi muito bom, pois percebi que as opções de interação com os monstros e com o cenário eram espécies de dilemas estratégicos, o que deixava os jogadores preocupados mais com suas intenções e com os eventos do próprio combate do que com regras exatas de posicionamento e coisas afins.

O fato é que a principal função desse encontro com os Aboleths, além de apresentar momentos de quase morte para alguns personagens, especialmente Pon(Aquiles) e Hudini(Rummenigge), era passar uma informação, quase um aviso, aos personagens a respeito das consequências de seus planos para assassinar Zara, a rainha de Aracnath. Um dos Aboleths, ao ler a mente dos heróis, transmitiu imagens mentais que mostravam um futuro decadente para Nerídia, com Yrlion dominando militarmente o reino humano, caso Zara fosse morta. Pois bem, vejam aí outro dilema!

Esse encontro de combate foi finalizado usando uma das formas que disponibilizei quando o havia planejado: destruindo o tampão de mármore, opção que só estaria disponível caso alguém se preocupasse em procurar alguma coisa no lago ou caso alguém fosse levado para o fundo das águaspor um dos monstros, que foi o que ocorreu com Pon. Havia outras formas. Mesmo assim, a escolha tomada apresentaria consequências indesejáveis para Pon caso ele tivesse falhado no teste de Atletismo e não conseguisse segurar-se nas ruínas de um obelisco. Ele seria levado junto com as águas para o grande ralo de drenagem que ele mesmo abriu para um destino desconhecido.

Entrando no Templo de Lolth
O próximo encontro foi pouco planejado por mim. De qualquer forma as coisas não ocorreram conforme eu havia planejado. Mesmo assim, meio que no improviso, apresentei escolhas que iam além de "qual poder usar?". Por exemplo, eles já estavam invadindo o Templo de Lolth pelo salão da fonte. Caelzail(Sandro) foi na frente - algo inédito na história de nossa campanha... rsrsrs (foi mal Sandro, mas eu não podia deixar escapar essa :P) - para verificar furtivamente o que havia no fim de uma passagem.

Chegando lá ele viu um salão com uma piscina e três jovens drows sacerdotisas e, ouvindo furtivamente a conversa delas, percebeu que elas iam alertar ao capitão e à Zara sobre a estranha falta de água na fonte, algo provocado pelo fato de Pon ter destruído aquele tampão de mármore. O dilema aqui era: deixar as meninas avisarem sobre a falta de água e torcer para ninguém desconfiar muito disso; ou silenciar as jovens ali com flechas, mesmo com o risco de a queda dos jarros que elas carregavam poder atrair atenção de alguém? Caelzail escolheu derrubá-las, mesmo com o risco de alguém vim verificar o barulhos dos jarros se estilhaçando no chão. Joguei um teste para ver se os guardas que estavam num corredor próximo ouviriam e viriam verificar. Eles vieram; e vieram furtivamente, atacando os pjs de surpresa, enquanto tentavam esconder os corpos das jovens drows. O combate começou.

Depois de umas porradas, terminei a sessão no meio do combate.

Todos estão com 37.000XP; ainda no 12º nível.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sessão de jogo: Subterrâneos de Aracnath

Depois de enfrentarem aquelas lesmas cheias de tentáculos, eles prosseguirem seguindo o caminho do barulho da água por um dos túneis da bifurcação. Após alguns minutos, eles ouviram uma pancada e um urro monstruoso que veio das trevas adiante, além da luz de suas tochas e bastões solares. Eles pararam um pouco, cautelosos. Mas o barulho não se repetiu. No lugar dele todos começaram a ouvir um zumbido que aumentava cada vez mais. Algo estava se aproximando. Caelzail jogou uma tocha lá nas trevas adiante e eles viram um enxame de insetos grandes voadores vindo na direção deles. Enquanto todos se jogavam ao chão para se proteger do enxame, Agnul, o bárbaro, ficou aguardando os bichos com a montante pronta pro ataque. Quando o enxame chegou Agnul começou a atacá-lo violentamente com sua espada, derrubando vários dos insetos. Devido a isso, o enxame que iria passar direto por eles, deu meia volta e começou a picar todo mundo que tava por perto. Esses bichos só foram embora quando Lanaya resolveu disparar uma Explosão de Fogo no enxame, derrubando vários desses insetos. O restante fugiu.

Comentário: Dei o maior valor pro enxame de Stirges como monstro. Estou aprendendo a transformar meros monstros em desafios que precisam mais de raciocínio do que o simples uso de poderes para serem derrotados. Ou seja, determinei que o enxame, por ser muito numeroso, não seria derrotado por meros golpes de espada ou ataques à distância. Seria necessária uma magia explosiva de área para afugentá-los, pois a magia derrubaria vários deles de uma vez. E foi o que Lanaya fez.

Depois eles prosseguiram até o fim do túnel e viram a origem do antigo ruído. Eles viram uma grande câmara onde três criaturas monstruosas (Tríbulos Brutais) estavam se alimentando de uma das lesmas com tentáculos. O problema é que um deles era bem maior que os outros com uns cinco metros de altura. Um córrego seguia por uma das cinco saídas que haviam. O plano foi o seguinte: Agnul e Aurion distrairiam os bichos enquanto o resto corria para a passagem com o córrego. E assim eles fizeram. Por pouco Agnul não morreu enquanto enfrentava os bichos, mas tanto Aurion quanto Agnul conseguiram escapar com teleporte. No entanto, isso não impediu os monstros de os perseguirem pelo túnel adiante, que cada vez mais se encontrava inundado.

Foi nessa fuga que surgiu Hudini, que viu Pon ser alcançado e golpeado pelo tríbulo maior. Então, Hudini evocou uma Prisão de Cristais Cortantes de gelo sobre os monstros. Pon levantou-se da porrada e lançou Causar Medo, no monstro que estava dentro da prisão de gelo. Essas magias fizeram os monstros desistir e ir comer outra coisa em outro lugar.

Prosseguindo, eles perceberam que o túnel largo ficou completamente inundado, sendo impossível prosseguir sem ser por debaixo d´água. Então Agnul, interpretado por Carol, prendeu a respiração e foi, chegando ao final do túnel onde encontrou uma câmara cheia de corais, algas e peixes pequenos. Não vendo nenhuma saída nem qualquer coisa que chamou a atenção, ele voltou pra onde seus amigos estavam. Aurion foi confirmar esse negócio e acabou descobrindo um lugar por onde os peixes cegos entravam e viu que era uma rocha coberta por corais e que escondia uma saída. Aurion viu também um desses peixes se cortando nos corais, sangrando, e sendo devorado imediatamente pelo resto do cardume. Vendo isso, eles tomaram o maior cuidado pra retirar a pedra sem tocarem nos corais. Usaram ganchos e cordas e uma montante como alavanca. Deu certo!

Prosseguindo, o túnel se transformou numa passagem larga e com várias áreas secas de onde subiam colunas naturais até o teto de 7m de altura. Nesse lugar eles encontraram uns humanóides de peles viscosas e meio transparentes. Tinham semelhanças com drows, mas estavam diferentes. Esses humanóides os avisaram dos Senhores das Profundezas e alertaram pra irem embora. Os caras não quiseram saber e continuaram até chegar num canto bem mais raso onde cinco desses humanóides estavam adorando um obelisco. Adiante, uma passagem prosseguia. Os humanóides viscosos não deixaram eles passar e lançaram lanças contra Pon. No fim do combate, Lanaya tinha arrancado a cabeça de dois deles com rajada mística e os caras nocautearam outros três. Depois de rendidos, começou um interrogatório mas os humanóides não diziam nada que prestasse.

Por fim, eles seguiram adiante, pela passagem decorada com esculturas de animais marítimos. Ela terminou numa ponte que cruzava num grande lago subterrâneo, de onde emergiam vários obeliscos acima da superfície. Hudini jogou uma pedra iluminada por magia do outro lado da ponte, revelando uma passagem uns 30m adiante no fim da ponte. Querendo evitar eventuais monstros aquáticos, eles saíram correndo pela ponte até o outro lado, mas Aurion foi derrubado no meio da ponte. Os outros não quiseram nem saber e seguiram até o outro lado, deixando Aurion lá, que logo viu emergir uma criatura aquática com três olhos vermelhos enfileirados um em cima do outro. Eles piscaram enquanto sua mente era dominada pela mente do monstro. Enquanto isso, Pon levava um ataque semelhante, ficando pasmo .

O combate terminou com eles já prestes a sair dali, jogando-se pela passagem "tobo-água", sendo que o único contratempo era Pon, que estava sendo puxado pelas águas pelos tentáculos de um dos monstros aquáticos.

Todos estão com 34.600 XP, ainda no nível 12.

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