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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um dracolich no Ministério... - Parte 2

Na última sessão, participaram Helder, Rummenigge e Aquiles. Os personagens dos outros jogadores viraram PdMs, mas também participaram do combate que ocorria no luxuoso e largo corredor do ministério, travado contra o próprio ministro Aurélius que montava um imenso dragão morto-vivo chamado Sharkár, os quais ainda estavam sendo auxiliados por vários guardas do ministério. Por sorte, Mikal e vários soldados estavam ajudando os personagens no combate.

No fim, eles conseguiram capturar o ministro, mas o dragão, mesmo depois de perder 400 pontos de vida, continuava vivo e conseguiu fugir, sem antes fazer um comentário profético a respeito do fim de todas as coisas vivas, comportamento típico de vilão derrotado e que tem rabo preso com Orcus.

Depois de uns dois dias, os personagens se encontraram com Mikal e Ashnazár, que tinham divergências acerca do próximo passo para deter os seguidores de Orcus que contaminam e ameaçam os reinos humanos. Para Mikal, que conseguiu arrancar boas informações de Aurélius, o melhor a fazer por enquanto é investigar uma velha propriedade rural que pertencia ao falecido Yklus Kélter, ex-ministro da Ciência e Magia, que também estava envolvido com o esquema de Orcus. No entanto, para Ashnazár, não adianta ficar cortando as cabeças da hidra, se elas podem crescer novamente. O ideal é destruir a fonte: Orcus. Por isso ele quer que os personagens se concentrem em entregar a Espada Negra a Balgathor e, dessa forma, destruir Orcus.

Comentários
Esse combate me fez relembrar de dois antigos artigos que escrevi aqui. O primeiro é sobre fluidez nos combates, coisa que conseguimos atingir no final do encontro, quando todos nós já estávamos dentro do clima do combate. O segundo é sobre liberdade de ação dos monstros.

http://montantemagica.blogspot.com/2011/04/dramaticidade-e-ordem-de-iniciativa.html

http://montantemagica.blogspot.com/2011/04/liberte-seus-monstros.html

Nunca mais vou ficar me preocupando se posso ou se não poso fazer certas ações, só porque não estão listadas nas estatísticas dos monstros. Percebi que isso atrapalha minha diversão como mestre. Na próxima vez que Sharkár aparecer, as coisas vão ser mais divertidas para mim e mais perigosas para os personagens (eheheheh). Mas não se preocupem, pois tudo está dentro das regras (ou quase tudo...).

Melhores momentos:
Foi evocativa a cena de Hudini, o mago do grupo, usando a mão esquerda para controlar o Aperto Gélido de Bigby que segurava o pescoço do dragão enquanto com a mão direita controlava a Espada de Mordenkainen para torar a cabeça do bicho. Pra quê tanta violência, Hudini?

A cena final do combate foi protagonizada por Agnul dando uma investida cinematográfica contra Aurélius, onde o bárbaro saiu correndo pela coluna vertebral do dragão e acertou a autoridade política com sua montante mágica . A lapada foi tão segura que o pobre foi arremessado de fora das costas do monstro, voando alguns metros de distância e chocando-se finalmente contra a parede.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um dracolich no Ministério...

Este post pode ser lido tanto como um relato de sessão quanto como dicas de mestre.
Arte de Clyde Caldwell

Participaram da sessão Rummenigge (Hudini), Aquiles (Pon) e Julio (Aurion). Começamos um pouco tarde, às 20h50 e, mesmo tendo jogado com metade dos jogadores e apenas durante  uma hora e meia, foi mais divertido do que o esperado. Devido ao pouco tempo, decidi agilizar as coisas tentando adotar aquele método mais narrativo/simulacionista nos combates. Foi legal pois percebi que os jogadores ajudaram na coisa, mesmo quando o realismo não era muito favorável à situação de seus personagens. Ou seja, acho que o espírito da coisa é esse mesmo: sem competição entre mestres e jogadores, com todos tentando dar uma verossimilhança aos acontecimentos do mundo de jogo, mesmo que as regras ditem outra coisa. Por exemplo, quando Aurion deu um golpe que faria um pesadíssimo warforged titan ser empurrado seis quadrados, o próprio Julio sugeriu que a distância fosse menor. Afinal, como um golpe de espada de um eladrin faz um negócio desses?

Mesmo usando tal método, foi possível manter uma lógica de desafio com o uso de recompensas e punições com base nas escolhas e intenções dos jogadores, as quais determinavam a dificuldade do problema. Ou seja, as intenções durante o combate e fora dele orientavam a aplicação das regras. Algo bem plausível e que vai contra a fórmula dos desafios de perícia. É incoerente determinar a dificuldade de um problema antes de se saber a solução proposta para ele. Abrir uma garrafa com um martelo é complicado se compararmos com o uso de um saca-rolhas.

Inclusive, é possível descrever uma estrutura simples para essa lógica de desafios; algo que pode ser pensado pelo DM sem muito planejamento ou mesmo no improviso. Na verdade, é algo parecido com a estrutura dos próprios desafios de perícia, com a exceção de que os sucessos e falhas dependem mais das soluções propostas.

Por exemplo, no lugar de ajudar os soldados a derrotar os dois warforged titans que impediam a entrada no ministério, eles decidiram entrar voando por uma janela, deixando apenas Agnul e Lanaya - transformados temporariamente em PdMs, pois seus jogadores não puderam vim - para ajuda-los . Escolhendo esse curso de ação, obviamente teriam mais dificuldades ao enfrentar o ministro mais na frente, já que é mais fácil quando se tem a ajuda de uma tropa! No entanto, nada impediria que eles inventassem uma solução que anulasse essas futuras dificuldades de se enfrentar um ministro e sua guarda pessoal sem tal auxílio: com uma boa lábia, por exemplo, como Rummenigge já fez antes com o personagem Petrus. No fim das coisas, basta seguir uma consequência lógica das ações e tentar recompensar boas escolhas e soluções para os desafios elaborados pelo DM ao longo da aventura. Ex: Voltar para ajudar os soldados e curá-los contou pontos positivos para facilitar o embate final contra Aurélius.

Assim, estou simulando a presença de uma tropa aliada retirando uma quantidade considerável de pontos de vida dos inimigos e narrando como a tropa luta bravamente aos comandos de Mikal, general de Nerídia, que também está dando uma força. Imagine se eu fosse jogar os ataques de cada um desses vinte soldados... Também usei essa solução para representar a presença de Agnul e Lanaya, de forma que ninguém precisou controlar personagem dos outros - algo problemático, mesmo com a ficha resumida - e, ao mesmo tempo, a narração ficou coerente. Dessa forma, meu cansaço mental e o dos jogadores foi reduzido bastante nessa última sessão.

No final eles encontraram o ministro Aurélius montado num dracolich e acompanhado por dezenas de guardas. A sorte é que os pjs estão acompanhados por Mikal e seus homens, sem falar que Hudini já fez a diferença ao evocar uma área de cristais de gelo cortantes. Se eles não tivessem tomado as escolhas certas e se precipitado, teriam que se virar sozinhos contra esse problema, provavelmente sendo forçados a recuar, permitindo que Aurélius escape da justiça de Nerídia, o que dificultaria a descoberta dos braços do Culto de Orcus em Nerídia.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Combate contra o Warforged Titan de Aurélius

No último encontro, depois de meia hora tentando limpar o mercúrio do termômetro que Aquiles quebrou no tapete :P , começamos o jogo só pra ver se adiantava alguma coisa no combate contra o Warforged Titan que representava o maior obstáculo para que os soldados de Nerídia invadissem o Ministério da Ciência e Magia.

Os personagens amarraram uma corda em volta das pernas do construto imenso e quando Pon o afugentou usando Causar Medo, o bicho recuou, mas isso provocou sua queda, já que estava com as pernas amarradas e seguras por Agnul e Pon. Assim que ele caiu, lascou-se. Mas não foi da queda não. Começaram a jogar magias em cima do bichão caído dando dano contínuo e todo o início do turno do monstro, além de vulnerabilidade a danos congelantes. Foi interessante porque Hudini e Lanaya aprenderam um combo com suas magias congelantes.

Pon ordenou que os soldados de Nerídia invadissem o ministério, já que o grandão tava quase dominado (ou seja, com menos da metade dos pontos de vida e caído). Os soldados então partiram para lutar contra os dois Warforged menores, mas ainda grandes, que guardam a entrada do ministério.

Enquanto isso, o grandão conseguiu livrar-se das camadas de gelo que o deixavam impedido e levantou-se para investir contra Agnul. A porrada foi segura, arremessando-o a 3m de distância e o deixando derrubado. No segundo golpe da máquina, ele antecipou-se e a atacou, conseguindo um decisivo. O golpe deslocou uma engrenagem vital e o monstro parou de funcionar quando a imensa lâmina de seu braço estava a poucos centímetros de fatiar o bárbaro.

Agora só falta ajudar os soldados a destruir aqueles dois para entrar no ministério e prender o ministro Aurélius (como se fosse tão fácil assim...).

Comentário: Da próxima vez vou tentar adiar o jogo se for pra começar de 9h30 e terminar de 10h30.

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