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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um Portal em Karád-Hus

Mesmo a última sessão tendo começado mais tarde que o previsto, ocorreram muitas coisas depois que eles voltaram para Nerídia. Lanaya teve um sonho com ordens de Balgathor. Ele quer que ela abra um portal para sua chegada, de forma a receber a Espada Negra. Ashnazár tentou convencê-la a não evocá-lo e parece que deu certo, pois todos decidiram destruir Orcus e a Espada Negra sem precisar da ajuda de Balgathor.

Em seguida, após fazer um disscurso na Praça Central, denunciando a existência de cultistas e a corrupção que toma conta de Nerídia, Mikal investiu com seu exército contra as ruínas do templo no pântano para obstruir as saídas daquele local amaldiçoado, aprisionando Lara seus seguidores por um tempo considerável.

Ele uniu-se a Ashnazár na missão para destruir a Espada Negra, o que implica um enfrentamento com o próprio Orcus, em seu lar no abismo. O único portal conhecido por Ashnazár para se chegar lá fica em Karad-Hus. A comitiva para tal missão é composta de todos além de Ashnazár, Mikal, Dalissa e Éria.

Mais uma vez na Montanha dos Anões, no Andoruim, eles adentraram nas ruínas do império de Karad-Hus, desta vez seguindo por um caminho anteriormente evitado, por um portal decorado com esculturas demoníacas. Depois de algumas horas adentro, eles chegaram num salão deformado por túneis largos e irregulares, sinal de que haviam tríbulos brutais por perto. Mesmo os jogadores tendo dito que queriam enfrentar esses bichos pois nunca tinham derrotado um deles, todos tentaram passar silenciosamente pelo local quando Agnul, sem querer, derrubou uma pedra num dos buracos, provocando um barulho respeitável. Imediatamente, eles começaram a ouvir um ruído vindo de um buraco no teto alto (10m) no meio da passagem. Hudini e Cael iluminaram o local com um disparo de flecha luminosa, revelando as antenas de uma enorme criatura saindo pelo buraco no teto. Era o maior tríbulo brutal que eles já viram, do tamanho de um poste! Alguém gritou: "Corram!". E assim o fizeram. Mas antes que todos conseguissem correr o monstro saltou sobre o grupo, atacando Pon e Hudini. Agnul conseguiu derrubá-lo (só sendo um He-man pra derrubar um bicho desses); Pon usou uma magia de medo contra o monstro e Hudini o congelou ao chão, dando tempo para o grupo escapar. Assim, mais uma vez o grupo fugiu de um tríbulo brutal sem derrotá-lo. ;)

Algumas horas depois, eles chegaram num imenso abismo de 200m de diâmetro e de paredes cobertas por pequenas cascatas de magma. Em seu fundo, segundo Ashnazár, estava o portal para o Abismo. O caminho até lá era uma passagem que descia em espiral pelas paredes do imenso buraco. No meio desse caminho, eles passaram por um local proibido, demarcado por duas estátuas imensas de demônios. Depois disso não demorou muito para eles ouvirem sussurros sobrenaturais falando num idioma estranho. Eles se intensificaram bastantes antes de culminar em duas explosões de fogo na frente do grupo. Eram duas criaturas demoníacas flamejantes. Pareciam com duas colunas ardentes de 6m de altura com uma grande cabeça ossuda e demoníaca no topo além de grandes garras ossudas. Eles disseram proteger os domínios de Byzanthis, o Balrog de Orcus. Fim da sessão.

Comentário
Mesmo tendo jogado por apenas duas horas e meia, eu tive a impressão de ter sido bem mais tempo. Houve roleplay com Ashnazá; Roleplay com e Mikal; teve a descrição rápida de eventos como a incursão militar de Mikal ao pântano, na qual ele encontrou o tão desejado Cajado +4 de Hudini; teve um interlúdio com o grupo se preparando para ir ao Abismo, comprando poções e adquirindo equipamento mágico (alguns sendo presenteados pela Rainha de Valenaen) e, por fim, a viagem até a montanha Andoruim, onde eles entraram nas ruínas de Karád-Hus e ainda tiveram aquele encontro com o tríbulo brutal e o encontro com os guardiães flamejantes dos domínios do Balrog.

Antes eu me preocupava em fazer anotações detalhas sobre os principais eventos das aventuras. Mesmo ainda achando que isso é interessante, notei que é mais vantajoso apenas fazer anotações gerais sobre esses eventos e acrescentar detalhes na hora. Percebi que é divertido improvisar algumas coisas na hora, como os detalhes do encontro com o tríbulo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Lara, a Serva Eterna de Orcus

O grupo havia descido na câmara em homengagem a Bael Turath - descoberta após um desabamento - para investigar uma passagem obstruída de onde Lanaya havia sentido uma presença maligna. Talvez o filactério de Shankár estivesse lá. Chegando no local, foram surpreendidos pela presença de Lara, que já estava explorando a região antes deles. Um combate se seguiu antes de Lara fugir derrotada. De posse dos lacaios de Lara, Lee Jerum descobriu um Elixir da Invisibilidade um livro negro em élfico chamado Servo Eterno de Orcus, que descreve um processo ou ritual pelo qual alguém se transforma num morto vivo abençoado por Orcus.

Agora eles estavam livres para explorar o local, na tentativa de encontrar o filactério de Shankár. No entanto, depois que Lee Jerum entrou no fosso, descobriu que a Coroa de Shankár tinha sido levada por Lara. Por isso, eles ficaram com medo de explorar o local onde Lanaya sentia aquela presença. Mesmo assim, eles desbloquearam a passagem de forma que permitisse a passagem do halfling ladino Lee Jerum, o qual entrou na passagem sozinho, descobrindo um grande salão com uma imensa estátua de um rei sem cabeça. Sem explorar melhor o local, o halfling retornou e avisou  a descoberta para o grupo. No entanto, eles não perceberam que uma horda de carniçais mortos vivos estava se esgueirando silenciosamente pela passagem do desabamento. Eles desciam escalando pelas paredes, aos montes, indo atacar os pjs. Hudini antecipou-se e lançou sua magia de prisão de cristais cortantes, impedindo que eles se aproximassem. Entre ficar e lutar ou fugir para dentro da passagem obstruída, eles decidiram lutar e conseguiram afastar o bando de mortos vivos. O último ataque que os derrotou de vez foi um crítico de Pon com Afastar Mortos Vivos usando a Espada de Keryst como implemento. Os carniçais que não fugiram viraram pó depois dessa.

Apesar de Hudini querer ir embora para Nerídia, o grupo decidiu explorar melhor aquele salão. Uma vez lá eles descobriram coisas interessantes: um círculo rúnico central entalhado no chão do salão. Pon percebeu que era um portal para outro mundo. No pedestal da estátua do rei sem cabeça estava escrito uma ode : "Ó grande imperador de Bael Turath, maior reinos dos homens. Retorne logo, querido rei, quando seus deveres em Nessus estiverem terminados. Retorne para a vitória contra nossos inimigos. Precisamos de sua sabedoria..." o resto estava ilegível.

Sem fazer mais nada - apesar de cogitarem ativar o portal, um processo que exigia o sangue de um filho de Bael Turath (Lanaya) - eles decidiram subir e ir atrás de Lara ou pelo menos explorar o resto do templo. Não demorou muito para encontrarem escadarias que desciam em direção a um cântico macabro. Era algum tipo de ritual. De fato, quando abriram a porta viram um grande templo onde Lara estava sendo sacrificada por grandes seres encapuzados com assas ao pé de uma enorme estátua de Orcus. A maior de todas. Lara foi esfaqueada no pescoço e morta enquanto aquelas criaturas exaltavam Orcus com seus cânticos insuportáveis. Logo, uma nuvem negra saiu dos olhos da estátua e desceu em espiral em direção ao corpo morto de Lara. Ela reergueu-se, agora uma morta viva imortal, usando a Coroa de Shankár.

Sem poderes diários suficientes, eles tomara uma sábia decisão: fugir. E assim terminou a sessão, com eles já fora do templo, no pântano, correndo o mais rápido que podiam, fugindo de Lara.

Comentário: Seguindo sugestões de alguns jogadores, especialmente Sandro, decidi conduzir os combates apenas narrativamente e realmente foi melhor do que do outro jeito. 
Acho que o grupo está sem uma orientação em relação ao seu objetivo nesse templo. Eles vieram com Mikal só pra investigar, mas terminaram querendo libertar prisioneiros, enfrentar Shankár, Lara e etc. O objetivo maior agora é destruir a Espada Negra e , ficando nesse templo, eles estão mais dando chances de os bandidos a tomarem para si. A Espada Negra só pode ser destruída se Orcus for destruído. Até agora há duas formas de se fazer isso: uma é seguindo Ashnazár até Karad-Hus, onde há um portal até o abismo, lar de Orcus, onde o enfrentarão. Outra é evocando Balgathor e lhe entregando a Espada Negra para que ele mesmo destrua Orcus e, consequentemente a Espada.

terça-feira, 3 de abril de 2012

It´s a trap! - Parte 2

Para um combate envolvendo seis personagens dos jogadores, esse foi o mais difícil que eles tiveram. Acho que foi comparável à luta contra Zara lá em Aracnath, quando só três personagens estavam presentes. Mas o problema dessa luta foi Agnul. Ele simplesmente não morre. Devo ter tirado uns 200 pontos de vida dele, mas ele não morre, o infeliz. Lara tá dizendo que agora é pessoal!

Combate lento?
Com seis jogadores, um combate razoavelmente difícil (afinal era Lara, porra!) para um grupo de nível 15 - mesmo com os jogadores e o mestre tentando agilizar as coisas - inevitavelmente será demorado. São ataques de oportunidades, ações e reações imediatas diversas que fazem com que as coisas se tornem algo bem mais complicado do que sugere uma simples ordem de iniciativa.

Mas a quarta edição prevê isso e diz que na hora do combate os jogadores fazem um exercício de paciência. Enquanto isso pode parecer chato para uns, não é para outros. Por que? É simples. Esses ataques de oportunidades, ações e reações imediatas são feitas justamente por outros jogadores; e não por monstros. Ou seja, o jogo é demorado mais pelas ações de alguns pjs, especialmente daqueles que estão no corpo a corpo ou com magias que atacam no começo do turno dos monstros, ou impedindo ações, ou reduzindo danos etc, de forma que isso anula a impaciência de uns, já que eles não precisam esperar seu turno - meia hora depois - para realizar ações. O mestre, por exemplo, nunca fica impaciente, já que ele sempre tá tirando os pontos de vida dos monstros. =P

O fato é que narrei todo um combate semi-clímax com a supervilã da campanha em 3 horas, começando e terminando na mesma sessão. Como Julio lembrou no fim da sessão, bem rápido. Mais rápido que isso só em AD&D. E se o problema for o horário, por estar terminando tarde, temos que analisar por que estamos começamos a jogar só depois das 21h. Da próxima vez, podemos marcar num dia em que todos possam chegar antes das 19h30 para começar, no máximo, às 20h; ou, começar o jogo só com quem já chegou e ir adotando o resto à medida em que chegam.

Resumo do combate
Lara tinha dois driders e três drows rangers. Depois de uma luta acirrada com as drow rangers causando muito dano em Agnul, e Aurion reduzindo esse dano sempre (porra.. Aurion é foda), eles conseguiram derrotar todos os aliados de Lara.

Cael começou o combate dentro da nuvem de trevas dele, de forma que, sem linha de visão, uma conversa mais apropriada (em meio a flechadas mútuas) com as drows rangers acabou ficando pra próxima. Se bem que só se foram outras, porque aquelas já morreram.

No fim do encontro, Lanaya quase que era raptada por Lara, mas conseguiu escapar com uma magia de teleporte. Puta da vida, Lara saiu voando, fugindo do combate. Mas eles estão de parabéns pois conseguiram vencer um encontro difícil sem alguns poderes por encontro e sem o clérigo. A salvação de Agnul foi Aurion e suas duas únicas poções de cura. Ao fim do encontro, depois de levar uns 200 pontos de dano, Agnul desmaiou de exaustão.

Enquanto isso, depois de roubar uma bolsa do drider no meio do combate e matar o bicho, Lee Jerum foi catar os bolsos dos monstros e achou um livro com inscrições mágicas e algum tipo de elixir a ser analisar por Hudini.

Tomando umas
Tirando o combate, que eu gostei muito, bom mesmo foram as 12 Stella Artoise que Gianna trouxe, juntamente com os frios. Tudo de primeira. Depois dessa, eu tô devendo um crítico de graça pra Lanaya. =D

Usando um tabuleiro
Gostei da experiência usando um tabuleiro de acrílico, usando tiles só pra representar as paredes e outras coisas. Isso pode facilitar pra usar outros tiles representando as magias. É uma possibilidade pra facilitar a visualização das áreas de magia que, depois de um tempo a gente acaba esqueçendo em combates complicados como esse.

E agora?
Lara saiu voando com uma magia, fugindo do combate, mas ainda há um fosso a ser explorado, além de uma passagem ainda obstruída de onde Lanaya sente uma presença maligna. Além disso, Caelzail viu Lara voando para o interior do templo e não para fora. Ela ainda está por perto, em algum lugar.

Cada um ganhou 1.800 XPs.

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