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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os anjos de Ug´ggot

Nessas últimas sessões eu tentei representar a Cidadela de Ug´ggot, uma fortaleza de ferro que, na cosmologia do D&D, teve importância na clássica Guerra Sangrenta entre os diabos de Baator e os demônios do Abismo. Essa fortaleza é localizada na primeira camada do Abismo, o Plano dos Mil Portais.

Os personagens ali estavam para se abrigarem de um ciclone gigantesco que se aproximava e para fugir do balrog que os perseguia desde o mundo dos homens. Com sorte, eles derrotaram o balrog, mas o ciclone ainda estava por vir e castigar a fortaleza.

Em nossa aventura, essa cidadela, hoje abandonada e habitada por apenas um imenso aracnídeo demoníaco (Bebilith), foi construída eras atrás pelos anjos dos deuses da ordem e da bondade que vieram ao recém-criado Abismo lutar contra os seus demônios. Dentre estes anjos, o maior era Asmodeus, que liderava os demais nessa guerra. Numa parte da aventura os personagens encontraram um painel em escultura que representava a queda de Asmodeus, quando ele e seus seguidores angelicais beberam o sangue de demônios para se tornarem mais fortes e os venceram na guerra. Por isso, eles adquiriram características de seus inimigos, sendo chamados não mais de anjos, mas de diabos; e, depois da guerra (ninguém sabe ao certo o lado vitorioso), foram rejeitados pelos deuses por terem recusado sua natureza angelical por simples ganância de poder. Hoje, Asmodeus reina em Baator, os Nove Infernos.

Segundo Ashnazár e um livro que ele consultava (provavelmente um tipo de Manual dos Planos), nessa fortaleza poderiam existir passagens ou portais para outras camadas do Abismo, já que esta fortaleza foi a última a ser abandonada pelos diabos; que certamente o fizeram por meio de portais que os levaram de volta para Baator ou outros pontos do cosmo.

Portanto agora eles estavam ali procurando por um portal que os levassem para Thanatus, o reino de Orcus, onde iriam com a intenção de destruí-lo, supostamente acabando com a fonte de - se não todos - alguns males que a influência de Orcus infringe à humanidade há milênios, como bem lembraram Mikal e Éria.

Após enfrentarem o demônio aracnídeo que ali vivia , eles chegaram numa câmara onde encontraram, além de uma estátua antiquíssima que representava Asmodeus em sua antiga forma angelical e com suas armas divinas - dentre elas a Espada de Keryst que Pon usa - uma esfera de cristal semelhante a outra que os personagens já carregavam há tempos. Dalissa as identificou como sendo Pedras da Visão ou Henaliroths, as quais foram dadas pelos deuses aos seus anjos para comunicar-se com eles durante a tal Guerra Sangrenta. As pedras também teriam poderes relacionados a visão de coisas que aconteceram e que virão a acontecer e Pon decidiu usar esse poder para descobrir a localização de algum portal que pudesse levá-los para Thanatus.  E assim o fez, a despeito do alerta de Dalissa e Ashnazár sobre o perigo de usá-las, pois - durante tal guerra - algumas dessas pedras caíram nas mãos de príncipes demônios, os quais poderiam ter alguma influência sobre elas (se você lembrou das Palantíri da mitologia de Tokien, não estará enganado. Assumo, como já fiz noutro post, minha admiração pela obra do autor).

A esfera lhe ofereceu a visão de um evento ocorrido há milênios: um anjo corrompido (diabo) abrindo um dos salões da cidadela por meio de um cântico à Asmodeus. No entanto, essa visão foi interrompida por outra visão aterradora: chamas negras acompanhadas por milhares de gritos de dor e sofrimento surpreenderam Pon. Ainda nessa visão, e subitamente, os olhos frios e brilhantes de um vulto demoníaco surgiram, fazendo-lhe ameaças. Era uma presença terrível e poderosa. Era Orcus! Pon revidou as ameaças e uma disputa mental se iniciou. Pon não suportou e largou a pedra, desgastado.

Pelo menos eles já sabiam onde estava o portal e como abrir o portão de acesso. E assim o fizeram. Era um portal poderoso que poderia levá-los para qualquer plano que eles quisessem, até mesmo para o mundo dos homens. Mesmo com a descrição de Pon a respeito do incrível poder de Orcus, o qual havia acabado de presenciar, eles não desistiram e abriram o portal para Thanatus...

Fim da sessão.

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