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sábado, 25 de junho de 2011

Marcas de combate

Este post foi provocado por uma dúvida do Leonam, que havia me perguntado sobre como aplicar essa questão das marcas do guerreiro, ranger, paladino e, principalmente do lâmina arcana, num jeito mais old school de ser. Espero ter entendido a dúvida direito. Então, vamos lá. A dúvida é sobre as marcas e seu uso num estilo de jogo mais old school. No entanto, as explicações e soluções que escolhi envolvem outras coisas relacionadas às formas de conduzir o próprio jogo.

Marcas de combate old school?
As marcas da 4ª edição representam algo novo e inédito no D&D. No entanto, suas explicações e descrição são bem convincentes. A marca das classes defensoras - incluindo o lâmina arcana - são fundamentais para essa função no combate. Sem elas, essas classes perdem muito da força estratégica e tática nas lutas. Logo, eu prefiro não usar regras da casa para deixá-las mais old school. Sua lógica dentro do jogo é verossimilhante: o guerreiro representa uma ameaça aos seus adversários que se descuidarem dele, o lâmina arcana cria um elo mágico (é magia e pronto) com o inimigo e o paladino faz a mesma coisa, mas com uma marca de natureza divina. Portanto, não há o que mexer ou modificar conforme situações específicas. Talvez exista, mas eu não consigo imaginar uma situação na qual essas marcas não funcionariam por falta de realismo - já que nesse mundo a magia é algo realista.

Marcas simultâneas
Apenas abro uma ressalva em relação à regra que proíbe que duas marcas fiquem sobre um mesmo alvo. É um mecanismo meramente gamista, para equilibrar as coisas. Mas, para mim, dentro das explicações das marcas não caberia coerentemente essa regra. Nada impede de um inimigo sentir-se ameaçado pelo guerreiro e ao mesmo tempo ser alvo de uma égide da proteção do lâmina arcana, por exemplo. Como no meu grupo de jogo não há mais de um defensor, não vejo necessidade de ponderar sobre permitir o uso de marcas simultâneas. Se fosse o caso, talvez eu permitisse. No entanto, o uso de marcas simultâneas, apesar de parecer bem realista, não trás uma vantagem estratégica para o grupo, pois aumenta as chances de o inimigo atingir mais pessoas no grupo em relação à apenas uma marca.

Conduzindo marcas sem miniaituras
Quando jogamos sem miniaturas, num jeito mais old school, o jogador do lâmina arcana, Aurion, Julio, reclama que não dá pra saber direito qual monstro está marcado. Eu respondi pra ele dizendo que basta declarar que está atacando o monstro marcado ou outro. Para o Mestre, é fácil determinar que o monstro marcado ataca sempre Aurion, já que está marcado, e que os outros é que brigam com o resto do grupo.

Quando se luta contra muitos inimigos, o DM poderia anotar essa marca onde se controla os pontos de vida dos monstros. Apesar de no último jogo eu ter usado matriz, miniaturas e argolas, as tais argolas não foram usadas por mim. Eu anotei tudo mesmo e acredito que não existe argolas para todas as condições e efeitos. Elas não são mais intuitivas do que uma boa descrição; e - quando se lida com mais de dois monstros - uma anotação rápida e eficaz é suficiente. Aliás, isso envolve também as formas de você conduzir todo o jogo.

Por exemplo, eu faria assim: cada monstro do combate ficaria numa folha diferente e tento colocar uma imagem do monstro nessa folha, só pra ajudar a não me confundir na tensão do combate e anotar as coisas de um monstro na do outro. Eu deixo um espaço bom pra anotar os pontos de vida da seguinte forma: 240/223/198... e assim vai, o monstro perdendo seus pontos de vida. Isso é bom pq vc tem um histórico das porradas que ele levou. Bom, quando Aurion marca um monstro, eu não anoto isso quando só há um tipo daquele monstro. É muito fácil lembrar. Mas quando são vários do mesmo tipo, basta anotar em cima do nome do monstro o nome do defensor que está marcando. No nosso caso, Aurion.

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