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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Balrog de Lachymosa

Nesta sessão jogamos lá na casa do Carioca (Carlos Eduardo, jogador de Lee Jerum) e fomos recebidos com o lendário suco de manga de Márjory, sua respectiva esposa. Antes do jogo, assistimos um pouco de Senhor dos Anéis e Monty Python e comemos a tradicional pizza. Ao som do Requiem, de Mozart, começamos o jogo.
Foto retirada por Márjory no início da sessão. Nessa hora todo mundo tava preocupado pois o primeiro combate estava começando.
Nesta aventura, os personagens continuaram em direção à Everlost, com o objetivo de destruir Orcus com a Espada Negra. Quando ainda estavam nos túneis subterrâneos sob Thanatos, diante do local onde estava aprisionado o primordial do frio Krios, a Orbe da Aliança mostrou a Pon que a razão de todas águas de Thanatos estarem congeladas é o fato de o corpo do primordial ter sido propositalmente colocado num lago que é conectado com vários rios, lagos e oceanos. E os anjos de Asmodeus fizeram isso para aprisionar no gelo a entidade tentacular aquática que hoje está embaixo de Narantyr, congelada. Ou seja, se eles retirassem o corpo de Krios de sua prisão, todas as águas descongelariam, Narantyr, cidade de Valyassa, seria destruída - pois foi construída sobre o gelo - e uma terrível criatura tão poderosa quanto uma divindade estaria liberta. Então, eles decidiram continuar sem perturbar a prisão de Krios.

Adiante, os túneis começaram a se bifurcar e o grupo se viu numa espécie de labirinto. Valyassa avisou que estavam sob Lachrymosa, capital de Thanatos, onde governa o balrog Glyfimhor. Perdidos, eles começaram a discutir se usavam a orbe para descobrir o caminho certo. O problema de usar é que Orcus também poderia estar usando e saber a localização do grupo. Alguns não se preocupavam se Orcus em pessoa aparecesse na frente deles. Outro preferiam seguir até Everlost sem que Orcus soubesse da localização do grupo.

No meio da discussão, o pequeno Lee Jerum conseguiu retirar a orbe da mochila de Pon, motivo de toda a discussão, sem que ninguém percebesse. E assim, sem ninguém saber, ele se esgueirou para trás de uma rocha e usou a orbe, olhando em seu interior. E teve a visão do caminho certo, pelo labirinto, que os levaria em direção à saída, na superfície de Thanatos. Mas antes dessa visão acabar, ele viu os olhos de Orcus o observando. Uma voz demoníaca o ameaçou e sua visão, enfim, acabou. Quando voltou a si, seus colegas ainda estavam discutindo sobre usar ou não usar a orbe. No meio da discussão, todos de repente perceberam algo estranho no ar. Todos se calaram e as trevas ao redor aumentaram, como se envolvendo o grupo. As paredes começaram a jorrar sangue e uma sombra começou a se formar diante do grupo na forma de Orcus. O grupo lutou contra a entidade por pouco tempo. Logo ela foi embora. Valyassa falou que era apenas uma manifestação do príncipe dos mortos vivos, não o próprio. "O verdadeiro Orcus é mais poderoso que isso". E assim, Lee Jerum admitiu que usou a orbe e pelo menos disse qual era o caminho até a saída.

A saída para a superfície os levou para uma cidade. Estavam em Lachrymosa. E foram recepcionados por Lirath, uma Marilita (tão bem interpretada por Márjory que Aurion (Julio), só de ouvir a voz dela, já queria sair correndo), que queria as espadas dos personagens para sua coleção em troca de mostrar a saída da cidade para eles. Eles se recusaram e ela deu um grito que ecoou pela grande cidade. Dezenas de criatura demoníacas se aproximavam quando eles começaram a fugir, correndo pela cidade, em direção às montanhas, as Final Hills, que chegavam a tocar as muralhas da cidade demoníaca. Depois de um tempo conseguiram despistar a multidão de demônios e viram um portão na muralha, que levava diretamente para o pés das montanhas, mas estava bem guardado por dois enormes goristros e cinco criaturas insectóides com lanças. Então, eles decidiram procurar escalar a muralha e sair da cidade por outro ponto onde não estivesse guardado. Depois de alguns minutos tentando se esgueirar sem ninguém ver, eles encontraram um local sem guardas e começaram a escalar. Todos já estavam lá em cima, menos Hudini e Aurion que começavam a subir pelas cordas jogadas pelos seus amigos. Nessa hora, Aurion percebeu uma luz quente de fogo iluminando a muralha, vindo de trás dele. Virando-se, ele viu uma criatura feita de fogo e sombras. Era um Balrog.


"É Glyfimhor! O senhor de Lachrymosa!", gritou Valyassa, reconhecendo a criatura. Aurion gritou de volta enquanto olhava para o monstro: "O quê? Como ele soube que estávamos aqui?" A criatura respondeu no idioma deles, numa voz grave: "Balgathor falou sobre a presença de vocês." Mas o monstro de fogo não quis prolongar o papo e foi pra cima de Aurion criando uma espada feita de energia elétrica. Antes disso, Lee Jerum, sempre ele, teve a ideia de nocautear Glyfimhor; e se jogou, num golpe suicida, de cima da muralha, de uma altura de 20m, sobre o Balrog! O pequeno chocou-se violentamente contra a cara do Balrog antes de cair estatelado no chão com muitas dores. Mesmo pasmo pelo ataque do halfling, Glyfimhor desferiu um golpe com sua espada elétrica contra ele, mas foi salvo por Aurion, que o teleportou no último instante para as cordas, na muralha. Mas ele não conseguiu segurar-se nas cordas e caiu novamente estatelando-se no chão novo(!), aos pés da muralha. Lee Jerum tava sem sorte nesse dia...

Depois disso, Aurion teve que se virar contra o Balrog ,que o puxou com seu chicote e começou a desferir golpes com sua espada contra o tank do grupo. Aurion se viu sem saída pois o monstro não o deixava em paz. Sempre que tentava começar a subir a muralha, o bicho o puxava com seu chicote. Mas Ashnazár resolveu tudo aprisionando o monstro numa esfera de energia. Isso deu tempo de Aurion escapar e subir a muralha. Todos finalmente conseguiram fugir pelas montanhas. Enquanto isso, Glyfimhor destruiu a esfera e começou a persegui-los pelas montanhas, voando. No entanto, os personagens conseguiram distanciar-se e despistá-lo, escondendo-se numa pequena caverna. Viram o monstro passar direto. Depois, descansaram.

Crédito: http://www.artwallpaperhi.com

Em seguida, prosseguiram pelas altas e ingremes rochas das montanhas Final Hills. Glyfimhor não foi mais visto por dois dias, quando, finalmente, chegaram num ponto da cordilheira onde podiam ver o outro lado da cordilheira, o Deserto do Esquecimento, uma planície cinzenta e morta que se estende até o horizonte. No meio, uma torre escura gigantesca, de 1.500m de altura, castigada por constantes raios. Nuvens negras acima dela se contorciam em forma espiral. Eles vislumbraram Everlost.

Fim da sessão.

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