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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O sonho de Lanaya

O texto abaixo se refere ao sonho que Lanaya, tiefling warlock, e personagem de Gianna, teve na última sessão de jogo:

Mikal, o general de Nerídia, Ashnazár, o mago, e Althaea, rainha de Valenaen, estão num local arruinado e sombrio, onde uma luz difusa e fraca ainda teima em iluminar o local. Eles estão acompanhado por alguns soldados. Observando-os a uma certa distância, tentando esconder-se, uma figura feminina encapuzada esgueira por trás de uma das rochas escuras, olhando-os de cima de um monte de pedras. Ashnazár escuta algo. Pára e olha em volta, mas não vê nada. Althaea fala: "Não é possível que alguém tenha sobrevivido a isso. Vamos. Temos que encontrar o corpo dele".

A jovem encapuzada prossegue sozinha pelas ruínas, seguindo outro caminho em relação aos outros. Com uma uma tocha, ela passa por debaixo de rochas imensas e paredes destruídas, encontrando aqui e acolá vestígios de estátuas de aranhas, agora em pedaços; ela desliza por túneis escuros prestes a desabar, adentrando cada vez mais naquele caos de pedra e restos de corpos de elfos negros e outras criaturas horríveis. Em sonho, Lanaya a reconheçe, mas seus olhos não são os mesmos. Ela está nervosa e estranha.

Por fim, chega no que parece ser o fundo de um imenso poço que ficou quase intocável, mesmo após a queda da torre. "Minha filha... Estou aqui...", ela escuta e olha ao redor. Parecia a voz do imperador imortal. Mas não há nada além de uma espada caprichosamente fincada no solo. É a Espada Negra. Era ela que a chamava desde sempre. Ela sempre foi o motivo de estar aqui e suas mãos estão ávidas para tê-la. A jovem sabe que não deveria, mas é mais forte que ela...

"Éria?! O que faz aqui?". Uma luz forte vinda de um cajado ilumina o local. A voz de Ashnazár interrompe sua mão que estava prestes a tocar na arma, mas foi só por um instante. "Desculpe, Ashnazár...", diz ela enquanto deixa cair a tocha e enfim empunha a Espada Negra com suas duas mãos, arrancando-a do solo. Uma brisa forte e inexplicável percorre o local enquanto um sussurro sobrenatural ecoa pelas paredes, quase uma gargalhada. Ashnazár não acredita no que vê.

"Essa espada é a única coisa que resta de meu passado. Você sabe que esse tempo não me pertence. Com a Espada Negra eu poderei encontrar uma forma de voltar ao meu tempo. Eu verei minha mãe novamente. Ashnazár, não vê?! Além disso, nós poderemos reconquistar Ikaltur e Zandera, as jóias de Ikár. Eu posso concretizar o sonho dos povos humanos e dar-lhes novamente as cidades de seus contos e cantos. Tudo o que Jay Blacksword destruiu eu posso dar de volta com o poder de Valyassa."

"Valyassa?! Como você soube desse nome? O último ser que chamou essa arma assim foi..."

Nessa hora chegam Mikal e Althaea, que ficam assustados ao ver Éria empunhando a espada negra e envolta numa aura de energia escura. Althaea prepara uma magia para atingi-la, mas é impedida por Ashnazár, que segura seu braço. Éria foge por uma passagem escura, inexplorada e estreita, adentrando nas ruínas da Torre Negra.

Inesperadamente, todo o cenário do sonho é tomado pelas sombras e pelo fogo; e uma voz demoníaca fala: Lanaya, sou eu, Balgothor. Lembre-se de seu pacto e me obedeça. Traga-a para mim e você terá sua vingança...". Sob o olhar de seus colegas, Lanaya acorda nervosamente dentro da nave que se aproxima das ruínas da Torre Negra.

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