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terça-feira, 12 de abril de 2011

Aventuras em Karád-Hus: em busca do Oráculo - parte 2

Os vermes gigantes foram derrotados. E agora só restam pedaços dos tentáculos escuros ao redor do poço de onde eles tinham saído. Agora os personagens tinham que abandonar os grifos, pois o caminho conhecido por Ashnazár até o Oráculo estava agora inundado. As escadarias que continuavam o caminho desciam normalmente até uns três passos antes de terminar em água. Caelzail e Aurion prenderam a respiração e desceram pelas águas claras munidos de uma lanterna eterna para investigar o caminho. Os outros ficaram aguardando na sala do poço. Os dois nadaram alguns metros abaixo quando chegaram ao fim das escadarias, numa grande sala, semelhante à anterior. A diferença, além de estar completamente inundada, é que o poço estava devidamente fechado por um tampão de pedra; e a saída da sala, do outro lado, estava impedida por barras metálicas enferrujadas. Quando Caelzail foi verificar as barras percebeu grandes garras surgirem de trás de um dos pilares no centro do recinto. Eram dois crustáceos gigantescos que o atacaram.

Enquanto isso, os demais que estavam os aguardando os viram saindo das escadarias inundadas, esbaforidos e molhados. Logo atrás deles vinham os dois monstros e Hudini logo ficou aprisionado numa de suas garras enquanto o outro crustáceo lutava com Aurion, que estava próximo às escadarias. Após pouco tempo, os crustáceos foram derrotados e ainda restava resolver o problema dos caminhos inundados.

Mais uma vez estavam lá Caelzail e Aurion, mas agora acompanhados por Pon. Eles queriam destampar o poço na tentativa de drenar a água da sala. Amarraram uma longa corda num pilar da sala seca e desceram usando essa corda como apoio, caso as águas realmente saíssem pelo poço aberto e os levassem junto. De fato, quando conseguiram empurrar o tampão, as águas desceram com tanta força que não demorou muito para sugar e destruir o próprio tampão, além de Aurion e Pon. Caelzail estava numa distância segura. Pon conseguiu segurar-se com força da corda, mas Aurion não. O turbilhão da água o levou rapidamente em direção ao poço, para regiões desconhecidas de Karád-hus, mas antes que isso ocorresse, ele usou Passo Feérico (poder de Eladrin) para teleportar-se para trás de um dos pilares, posicionando-se contra o fluxo da água e agarrando-se ao pilar. Como estava muito distante desse pilar, ele teve que gastar dois pulsos de cura para forçar um teleporte a uma distância tão longa. Mas conseguiu. Depois de alguns instantes, o nível da água começou a baixar e eles puderam respirar novamente.

A luta interrompida
Depois que abriram as barras, prosseguiram por horas nos corredores e salões de Karád-hus, quando encontraram uma estátua de anão estranha, que tinha sido modificada com argila na forma de um ogro. E estava escrito em baixo em runas anãs rústicas: "Krull, ogro rei de Karád-Hus.". Não demorou muito para eles notarem que estavam cercados por ogros. E um deles era o próprio Krull, que exigia que entregassem todas as armas. Bom, Caelzail começou entregando as flechas para Krull, acertando um tiro na sua perna. O combate começou com Krull usando seu imenso mangual. Mas a luta foi interrompida por um grito ensurdecedor que vinha de algum ponto atrás dos personagens. Os ogros fugiram imediatamente e os pjs viram uma luz vermelha intensa aproximando-se. Antes de ver exatamente de onde vinha aquela luz, Ashnazár disse que era o "Mal Despertado", a coisa acordada acidentalmente por ele há cinquenta anos e que tinha causado o fim do reino anão de Karád-hus. "Corram!", gritou Ashnazár, enquanto aquela coisa se aproximava rapidamente.


Gandalf vs. Balrog

http://www.youtube.com/watch?v=44kBN340vd4
Qualquer semelhança entre esta aventura e esse video é meramente proposital.

Pontes sobre o abismo
Eles percorreram alguns segundos angustiantes antes de se depararem com uma porta fechada. Todos passaram, menos os grifos, que eram grandes e demoraram para cruzar a pequena porta. Não deu tempo e a coisa imensa feita de fogo e sombras atingiu os grifos, separando-os de seus donos. Depois da porta deram de cara com um abismo atravessado por várias pontes. E eles estava no início de uma dessas pontes que levavam para algum lugar sobre o precipício coberto pelas trevas. Eles correram pela ponte enquanto o mal despertado golpeava as paredes da porte pequena atrás deles, na tentativa de continuar perseguindo os personagens. Os golpes eram tão poderosos que provocaram desabamentos nas pontes sobre o abismo. Eles tiveram que desviar-se de blocos de pedra que caiam de outras pontes acima deles. Alguns apenas desviaram-se. Outros destruíram as rochas com magias antes que caíssem em suas cabeças. Mais adiante, um enorme pedaço da ponte caiu, fazendo-os pular perigosamente sobre o buraco de 3m. Depois disso, conseguiram chegar do outro lado da ponte, quando encontraram outro corredor onde ouviram o ruído de quedas d´água. "São as Grandes Quedas! Estamos perto.", disse Ashnazár. O monstro de fogo não conseguiu destruir a parede da porta e à distância, do outro lado da ponte, eles não viam mais a luz que emanava de seu corpo flamejante. Por isso ficaram mais tranquilos, mas não por muito tempo...

Fuga para as Grandes Quedas
Depois de dez minutos caminhando em direção ao ruído das águas, uma pancada forte foi ouvida vinda de uma das paredes próxima. Ashnazár assustou-se e, antes que começasse a correr, a parede explodiu em chamas. Agora eles estavam a poucos metros da Ruína de Kadár-hus, o mal despertado, a criatura feita de fogo e sombras, e só agora conseguiam ver com clareza aquela criatura: um balor ou, para os fãs de Tolkien, um balrog, um demônio imenso com grandes assas demoníacas, uma cabeça monstruosa com chifres e armado de uma grande espada flamejante e um imenso chicote ardente...

Não tinha muito o que fazer, eles correram mais uma vez. O balor cada vez mais aproximava-se deles, mas Aurion lançou uma bola de fogo para derrubar um dos pilares no caminho do monstro, fazendo-o tropeçar e cair. Hudini aproveitou para lançar uma magia no teto sobre ele. Enquanto levantava-se, o monstro olhou pra cima e viu um grandes blocos de pedra despencando do teto, provocado pela explosão da magia de Hudini, caindo sobre sua cabeça. Isso atrasou muito o monstro e eles conseguiram chegar com certa tranquilidade nas Grandes Quedas, uma câmara enorme, sustentada por imensos pilares e com três grandes cachoeiras iluminadas por fontes de luz mágica. Duas delas caiam por fendas nas laterais da câmara. Mas a terceira caia dentro de um receptáculo de água imenso, feito de muralhas de pedra. Ashnazár seguiu para uma passagem e os outros o seguiram. O último a entrar na passagem viu o balor já bem próximo.

A passagem os levou para escadarias que subiam no interior da montanha e eles podiam sentir a fúria do monstro golpeando as paredes lá embaixo, como que amaldiçoando a pequena passagem pela qual ele não conseguia entrar, mais uma vez, e seguir os personagens. Depois de cinco minutos subindo as longas escadarias em zigue-zague, Ashnazár entrou numa passagem à direita e eles chegaram num pátio repleto de estátuas sem pedestais... Muito suspeito... Eles perceberam logo que eram anões e elfos transformados em pedra, mas não sabiam por quem. Adiante havia uma porta de pedra com desenhos estranhos e runas alertando para o perigo do Oráculo. Bom, tudo indicava que o Oráculo estava depois da porta.

A selva do Oráculo
Eles entraram e passaram por uma selva subterrânea exótica, com fungos e vegetação colorida e fluorescente. Uma canção estranha ecoava no lugar, vindo de algum ponto adiante. Depois de alguns metros eles encontraram uma clareira com quatro pilares de cristal. No centro havia um observador, o qual Hudini sabia que havia aprisionado o Oráculo em sua mente. Talvez tenha sido por isso que, quando Ashnazár o acordou, conversou com uma personalidade dividida e que tinha necessidade de impor uma pretensa superioridade aos personagens. Foi por isso que quando Ashnazár lhe questionou sobre como matar Lara, ele exigiu que provassem não serem tão inferiores assim, diante de uma luta, na qual provariam que tinham direito de falar com ele. Pouco pretensioso o observador...

Lutando contra o Observador-Oráculo, uma luta perigosa é o preço de uma consulta.

Os heróis sobreviveram ao teste do observador num perigoso combate e ele lhes revelou a verdade sobre a imortalidade de Lara; desde a maldição que sua mãe Zara de Aracnath mantia - mediante sacrifícios anuais à Lolth - sobre os descendentes de Lóris, maldição da qual faziam parte Lulkron, Jay e Éria; Além da própria Lara. Para acabar a maldição e a imortalidade de Lara era necessário, portanto, impedir a ocorrência desses sacrifícios anuais. E assim partiram, agora com o objetivo de sair do interminável reino de Karád-hus, e sob a terrível ameaça do balrog que perambula pelos seus corredores.

Nas duas sessões referentes aos acontecimentos acima os pjs ganharam, cada um, 2500XP. Agora estão com 24000 XP, ainda no 10º nível.

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